domingo, 30 de maio de 2010

SOS sem P.S

SOS sem P.S.

Querida Sarah,

Desde sua partida não faço outra coisa a não ser me perguntar quando irá voltar, quando vamos ir para a cidade novamente e quando eu finalmente vou poder ver o seu sincero sorriso. Esses tempos têm sido extremamente difíceis para mim. Estou furiosa e ao mesmo tempo confusa, não sei como lidar com tal situação minha irmã. Realmente preciso de você. Tenho certeza que mudei muito por conta dos acontecimentos da ultima semana e não tenho vergonha se admitir que não foi uma mudança boa para ninguém de nossa família. Se esta se perguntando o motivo de tal mudança, eu lhe conto. Na verdade, o motivo tem nome e sobrenome e se chama: David Gray.
Foi o charme, o sorriso ou os olhos penetrantes que me enganaram durante dias? Não faço ideia, mas de uma coisa eu garanto, ele não vale nada. Se está confusa eu vou começar a contar desde o inicio:
Eu estava esperando por nossos pais no jantar que tivemos na casa dos Gray semana passada. Parece que o grande herdeiro chegou à cidade e teve uma festa de comemoração. David e eu conversamos durante horas, falamos de tudo um pouco, ele me contou onde morava e o que fazia antes de descobrir seu sobrenome. A conversa foi tão agradável que perdi completamente a noção do tempo. Só quando papai me encontrou, com sua cara emburrada de sempre e os olhos semicerrados, percebi que já passava da meia noite. Mas em momento algum ele disse que era o herdeiro da família Gray, fui descobrir dias mais tarde enquanto eu e Rebeka tomávamos chá, ela parecia tão convencida e arrogante ao me contar que ele era o herdeiro da família mais rica de toda cidade e ela era uma forte candidata a se casar com ele. Por pouco não joguei meu chá na sua cara para lhe dar uma lição.
Depois daquele dia não voltei a encontra-lo e mesmo assim não consigo parar de pensar nele. Mamãe já notou que eu ando distraída e quieta até deixei o jantar queimar semana passada. Tento falar com ela, mas não consigo, só você me entende, irmã. Ah, por favor, volte logo para me ajudar. Não sei o que fazer, ele simplesmente não sai da minha cabeça e é constrangedor pensar nele em todos os momentos que estou consciente! Posso jurar que há três noites sonhei com ele, mas não quero falar no assunto por uma carta.
Ah Sarah, o que está acontecendo com sua irmãzinha? Será que estou apaixonada?

Com amor, Rachel

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