No canto escuro
Nada era digno de contemplação, nem mesmo um mero desvio de olhar. Seus olhos fixos no horizonte sem meta em uma cidade sem horizontes. Ia em frente, ignorava suas margens, as placas de dois gumes e as bitucas depositadas nos solitários acostamentos. As vozes eram ecos de um disco girando em sentido anti-horário em desvairada rotação. Os sonhos se apagavam como antigas fotos de memória ignorada.
Como iria acordar?
Quem iria varrê-lo?
Iria apodrecer no canto de um cinzento quarto sem a ajuda de uma réstia de luz...
Nabal
terça-feira, 25 de maio de 2010
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